terça-feira, 24 de abril de 2012


Entenda os principais conflitos religiosos
 do mundo

INTERNACIONAL -
 Atualmente, vários países vivem intensos conflitos religiosos. No Iraque, ataques suicidas de homens-bombas motivados por princípios do fundamentalismo islâmico. Outro exemplo é a Nigéria, que em 2006 teve um confronto entre cristãos e mulçumanos que resultou na morte de 150 pessoas em apenas uma semana. Mas não é de hoje que este problema assola o mundo. As Cruzadas, por exemplo, aconteceram do século 6 ao 8 e tinham como objetivo impor o cristianismo na Terra Santa (Palestina). 

Conflitos e tensões 

Uma das acusações mais comuns feitas às religiões é que elas causam mais violência do que paz. Por essa ótica, o mundo seria um lugar melhor sem elas e suas rixas. Há alguma verdade nisso. As divisões religiosas atravessam continentes, épocas e ainda hoje influenciam a política, a economia e as comunidades. 

Debates históricos, guerras, lutas e disputas internas criaram os mapas contemporâneos do mundo e o fizeram de modo que poucos se deram conta. Por exemplo, a União Européia, "cristã", surgiu da vivência das invasões muçulmanas nos séculos 14-17 e da ocupação de parte da Europa oriental pelo islã até o século 20. 

Os violentos conflitos no Iraque têm suas raízes na dissidência entre muçulmanos sunitas e xiitas, no século 7, e lutas no Sudão, Etiópia e Nigéria remontam em certas áreas ao século 10. 

Perseguição sem precedentes 

A violência, contudo, não vem apenas do lado da religião. Nos últimos 100 anos, as principais religiões foram mais perseguidas do que em qualquer outro período histórico. E, na maioria dos casos, trata-se não de religião perseguindo religião, mas de ideologia perseguindo religião. 

Isso abrange desde as investidas da revolução socialista de 1924 no México contra o poder, as terras e, por fim, o clero e os edifícios da Igreja Católica até as agressões aos bahaístas no Irã, a partir da década de 1970, passando pela repressão a todas as religiões na URSS, pelo extermínio dos judeus no nazismo e pela agressão maciça a toda religiosidade na China da Revolução Cultural. 
Infelizmente, as zonas de tensão se mantêm: na medida em que as religiões se recuperam da perseguição, alguns reiniciam suas próprias perseguições. Entretanto, o tempo e a vivência dos últimos 100 anos, mais o impacto dos movimentos ecumênicos e multiconfessionais, começaram a mudar muitos grupos religiosos, e, nesses casos, as velhas divisões e inimizades foram se desvanecendo. 

Divisões históricas, várias delas com séculos de existência, criadas por diferenças na crença e na prática religiosa, estão na origem de muitas das tensões e conflitos atuais. 

No Iraque, a cisão entre sunitas e xiitas, remontando à segunda metade do século 7, nutre a guerra civil que tanto afeta o país desde a queda de Saddam Hussein (2003). A tensa linha divisória entre o islã e a cristandade na Europa oriental e no Cáucaso é ilustrada pela controversa candidatura turca à União Européia. E a cisão entre católicos, luteranos e russo-ortodoxos ainda repercute na Europa e na Rússia. 

Algumas linhas divisórias, como o litoral suaíli (África oriental), se tornaram mais regiões de diferença cultural que fontes de tensão. Já outros choques, muito antigos, como entre cristãos, hindus e muçulmanos na Indonésia, ressurgiram onde, poucos anos atrás, essas comunidades viviam lado a lado. 

Ideologias X religião 

A religião é freqüentemente criticada com o argumento de que a maioria das guerras surge de tensões e discordâncias confessionais. Isso pode ter sido verdade nos séculos passados (embora tal afirmação seja extremamente discutível), mas certamente não foi o caso nos últimos 100 anos, quando a religião é que se viu violentamente perseguida por ideologias temporais. 

O comunismo, o fascismo, o socialismo e o nacionalismo, todos eles, encararam a religião como a maior ameaça ao projeto que tinham para criar novas sociedades, pois em muitos casos era ela um importante acessório do regime que os revolucionários queriam derrubar. Em conseqüência, deu-se uma investida sem precedentes contra edifícios religiosos, clérigos e fiéis. 

Com o colapso daquelas ideologias e a recuperação de muitas religiões em várias partes do mundo, tem ocorrido um grande aumento da violência, dos ataques e das guerras de motivação religiosa. 

O marxismo afirmava que, com o advento do socialismo e do comunismo, "a religião definharia e morreria". Na realidade, aconteceu o inverso: foram as ideologias que definharam, ainda que ao custo de dezenas de milhões de vidas. A religião sobreviveu e constituiu muitas vezes a inspiração para os movimentos de resistência que ajudaram a derrubar as ideologias. 

Da Igreja Católica na Polônia aos budistas no Camboja, passando pelos muçulmanos na Ásia central e pelos luteranos na Alemanha Oriental, ela permaneceu depois que os regimes coercitivos se foram. 

Em muitos países, embora não tenha mais o mesmo papel que tinha antes de perseguições e mudanças sociais tão vastas, a religião voltou ao centro do palco para tentar desempenhar de novo seu papel na construção e manutenção de nações, povos e culturas. 

Hoje o protestantismo assume o papel de confronto ideológico e político por todo  o Mundo. Confrontando várias etnias religiosas de preferencia as culturas Indígenas e o Candomblé , ou religiões de Matriz Africanas , são as maiores afetadas e agredidas por estes loucos Religiosos.
Nossas autoridades políticas assistem tudo sem oferecer se quer nossos direitos constitucionais,como se nossos governantes esperarem o caos, assim como já visto em todo Mundo.




Fonte: Portas Abertas 
www.portasabertas.org.br

segunda-feira, 23 de abril de 2012


Kini Orùkó?

Venho a pedidos dos leitores abordar um tema tanto que polemico, apesar que ao meu ver não deveria, pelo simples fato do fator chave, que é o momento iniciático.
Até então o povo do Candomblé, canta, dança, fala e pratica ritos de origem Africana sem saber de fato sua real importância.
De todas as teorias conhecidas até a presente data, somente a compreensão do valor iniciático e sua análise, nos comprova definitivamente o porque o nome dado ao noviço (elegun) é tão importante.
Infelizmente nos dias de hoje o que ouvimos a respeito são mentiras de quem não compreende o real sentido dos ritos iniciáticos, ou o que é ainda pior, sacerdotes despreparados que não possuem seu Orùkó e não sabem do seu real propósito no culto aos Òrìsà.
Assim como na teoria Afro-negra do escritor Eduardo da Fonseca Jr e também antropólogo de nosso povo, em um de seus livros relata a construção do nome Yorùbá.
Este relato nos conta que os manuscritos achados arqueológicos nos leva ao grande progenitor do nosso povo “Odùdúwa”.
Fato histórico escrito em um grande monólito chamado de Opá Òrònìòn.
Nos conta com grande orgulho o grande Oluwo Lawal Rufai que, Odùdúwa cnsultou Ifá nas mãos de Àgbòmìrègùn para que lhe fosse revelado uma maneira de seu povo não morrer ou acabar no esquecimento.
Ifá assim revelou que apenas o nome ou seja um bom nome abriria as portas do céu, e toda vez que este nome fosse pronunciado  a força e o poder estaria vibrando junto dele.
Sendo assim Ifá também o aconselhou a batizar e renomear tudo e todos, e que passasse sua mensagem adiante.
Assim foi feito, Odùdúwa em obediência a Òrúnmilà deixou cravado no monólito (Opá Òròniòn) as seguintes frases;
YOD – A divindade por origem da
RESH – unidade psíquica do ser
VÒ – deu origem
BETH – ao movimento de luz ( objeto central)
ALEPH – de estabilidade coletiva do ser
Ou seja:
YOD =   Yo
RESH =   r
VÒ =      ù
BETH =   b
ALEPH = á
Seguido deste fato , todo povo que reside e é natural da Nigéria foram denominados Yorùbá.
Após ter cumprido a primeira tarefa, os ritos iniciáticos também começaram a ser realizados no mesmo propósito.
Diferente do Brasil, toda criança nascida na Nigéria passa pelo rito ìsòmòlòrùkó, realizado por um sacerdote da família após o sétimo dia do nascimento, para que toda comunidade conheça o nome do mais novo ser e sua importância com Deus.
Por isso podemos notar que os Yorùbá trazem consigo uma ancestralidade forte, trazidas juntamente com seu nome como por exemplo:
Odewale  -  o caçador voltou
Òyámàdàrà – òyá é maravilhosa
Obálùfé – o rei amado
Fòlasádè – pessoa que nasceu coroada
E entre muitos outros.
Assim também ocorre com os brasileiros que se iniciam no culto dos Òrìsà, outro conflito muito grande se dá ao fato das tão conhecidas Nações.
Assim como já descrito todo o povo é Yorùbá, não importa sua origem, ou seja, se ele é de Oyo, Ìbàdàn, Ketu,Èkìtì, Efon ou Ifé, ou ainda Nagô, todos são Yorùbá.
Voltamos ao nosso foco que é o Orùkó, o candidato a noviço chega ao Àsé na forma Cristã, batizado por João, passa por todos os ritos iniciáticos para se tornar seguidor de Odùdúwa ou seja, praticar o culto dos Òrìsà.
Recebe seu Orùkó, ou seja, seu nome de asé, ou melhor, seu novo propósito com Deus. Não faz sentido ainda chama-lo por João.
Vamos lembrar o que Orúnmìlà orientou Odùdúwa, o nome tem de ser propagado para que a pessoa receba o verdadeiro asé.
Quero deixar bem claro que, o novo nome do noviço só é dado ou revelado ao seu Sacerdote, ou seja, seu iniciador, após ter consultado Ifá, este nome lhe é revelado que, de imediato, começa a realização dos rituais e evocações, consagração do Orùkó.
Após estes ritos terminarem se é dado uma festa pública onde o noviço gritara seu nome( Orùkó) para que seja conhecido por toda a comunidade, que o passará a chama-lo por eles sem nunca mais revelar o seu passado.
Certo dia Obátúndè me disse, que se conhece uma pessoa que pertence a família de Odùdúwa pelo nome; e com certeza essa pessoa não se chamará João.... Kini Orùkó ?
Ifá a gbe wa o!!!!
Kekere Awo Ifágbòàlà Èsú

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ato de Convicção


Ato de Convicção


MO GBA EDUMARE GBO, ENI ONI ENI ANA ENI TITI LAILAI, ENITI GBOGBO IRUNMOLE ATI IGBAMOLE. NWARI FUN TI WON SI NPA ASE RE MO, OLUPILESE ATI ELEDA OHUN GBOGBO TI A NRI, ATI EYI TI A KO RI. MO GBA ORUNMILA BARAPETU ELERIN IPIN, IBIKEJI OLODUMARE ALAFOGUN AJEJOGUN. OBIRITI AP - OJO IKU DA, ODUDU TI NDU ORI EMERE, AGIRI ILE ILOGBON, OLUWA MI ATO BA  J'AIYE GBO. MO GBA AWON OJISE GBO, MO GBA ELA MIMO GBO BI, IKO TI ODUMARE NRAN'SE. MO GBAGBO PE IRANSE NI ESU NSE MO GBAGBO PE IMISI OBA T'AIYESE NI NSO NI DI OJISE. MO GBA AKODA ATI ASEDA GBO BI, EMI IMO AI OGBON AIYERAIYE. MO GBAGBO PE ILANA TI AWON OJISE FI LELE NIPASE IMISI EMI OBA T'AIYESE YIO RAN NI LOWO  LATI RI ONA IYE. MO GBAGBO PE AGBAFA TI O TI INU AGBARA WA MBE LARA AWON YAMI. MO GBAGBO PE ETUTU NI A FI NTUN AIYE SE. MO GBA IJORIWO AWO AGBAIYE GBO. MO GBA ILANA IWERI AWO BI APERE ATUNBI. MO GBAGBO PE IGBALA WA MBE NINU NINU IWA RERE. MO GBAGBO PE EMI ENIA KI NKU. MO GBA ATUNBI GBO. MO GBA ILANA IWOSAN GBO. MO GBAGBO PE JIJE ONJE IMULE YIO MU NI PO SI NINU IFE ARA. MO GBA ILANA IGBEYAWO GBO ATI PE O TO O SÍ YE KI T'OKO T'AYA. WA NI AIREKOJA NIGBAGBOGBO KI EDUMARE FI ESE MI MULE NINU IGBAGBO YI. ASE.

Eu acredito no Criador, o Dono de Hoje e o Dono de Ontem, o Dono de Todos os Dias por Vir. Ele para quem todos o imortais prestam homenagem, e para quem eles existem para conhecer as leis Dele e suas ordens, Originador e Criador de todas as coisas descobertas e ainda a ser descobertas. Eu acredito no Espírito do Destino, a Grande Testemunha da Criação, Segundo para o Criador, e Dono de Medicina que é mais Poderosa que Medicina. A Imensa Órbita que lutou o dia de Morte, o que Regenera a Mocidade e Criaturas de azar, Ele que é Perfeito na Casa da Sabedoria, o Todo Poderoso que Economiza. Eu acredito em Esu, eu acredito no Espírito Santo de Manifestação Que é o Mensageiro enviado pelo Criador. Eu acredito que o ESPIRITO da maioria Purativa e o Chefe do Corretivo procedem de Esu. Eu acredito em Akoda e Aseda, a Alma e Espírito do Conhecimento e Sabedoria como o começo dos Tempos. Eu acredito que pelos ensinamentos dos Mensageiros o Espírito de inspiração da maioria Purativa e Rei do Corretivo do destino mundial e acende e esparrama da mão dele para iluminar o modo de vida. Eu acredito que este poder dentro do poder existe dentro da sociedade de mulheres sábias. Eu acredito que está por propiciação e compensação que o mundo é feito. Eu acredito no segredo de Ijoriwo segredo de Agbaiye do Universo. Eu acredito nos ensinos do segredo de Iwere como o guia para regeneração e renovação. Eu acredito que a salvação existe na exaltação do caráter bom. Eu acredito que a Alma de Humanos não morre. Eu acredito em regeneração e reencarnação. Eu acredito nos Princípios Santos de Curar. Eu acredito que as comidas de limpeza da crença são abundantes entre a família de Ifé. Eu acredito na santidade dos princípios de matrimônio e que é honrado para os homens e mulheres sempre estarem em conduta sóbria. Aos pés do Criador eu bebo da Terra e faço Crença nesta fé. Assim seja.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Iyàmi Eleye


Iyàmi Eleye

Por se tratar de um assunto de muito respeito, quero orientar ao leitor que, se mantenha nele o devido tratamento de um Awo – segredo.
Por se tratar de seres extremamente intolerantes aos seres humanos tudo que se lê ou se fale sobre elas deve se manter em silêncio absoluto em forma de reverencia e respeito, para que elas não se volte contra nós.
A posição das Iyà agbá no sistema espiritual esta atribuídas como seres de grande malevolência, que atuam durante a noite para punir os falsos e mentirosos, todo mau é ferido com sua própria maldade. Veremos no odù Osa – meji, como elas vieram fazer parte do nosso universo e entenderemos todo esse processo de poder se estabeleceu ao ponto de nenhum Irùnmolè conseguir derrotá-las.
Esta nas mãos delas a responsabilidade do mais justo sistema de justiça. Não há condenação sem um julgamento apropriado e imparcial. Se alguém apresenta uma acusação contra outra pessoa, elas considerarão todos os lados antes de chegar ao veredicto final.
Também existe um  pacto feito entre Orùnmìlá, Obátàlá e as Iyàmi Eleye, pacto este que, as impedem de matar, amaldiçoar,  aterrorizar ou machucar qualquer discípulo que age de bom caráter e que tenha bom coração, de acordo com a proclamação dos direitos recitados por Olodúnmàré (Deus).
Veremos também que, toda ação sofre uma reação, pois foram os seres humanos que as ofenderam primeiro, matando seu único filho. Acontece que as Iyà agbá de nome Ogborí veio ao mundo em forma mortal e suas irmãs chegaram ao mesmo tempo. A mortal Ogborí teve dez filhos enquanto que sua irmã Òsòròngà apenas um.
Um dia Ogborí necessitava de ir ao único mercado disponível de nome Oka Ajigbomekon Akota, que se localizava, na fronteira do Òrún com o Àiyé, de modo que, Ogborí pediu a sua irmã Òsòròngà que cuidasse de seus dez filhos até que ela retornasse do mercado. Òsòròngà super os protejei de modo não acontecer nada com as crianças de Ogborí.
Então é chegada a vez de Òsòròngà ir ao mercado e por se tratar de um longo percurso, também pediu a sua irmã Ogborí que cuidasse de seu único filho, enquanto Òsòròngà partia para o mercado, os filhos de Ogborí à atormentava dizendo que estavam com vontade de comer a carne de passarinho. Ogborí então já irritada com a situação diz aos filhos que buscaria o pássaro para eles comerem, mas com uma condição, que eles, não deveriam tocar se quer no filho de sua irmã Osòròngà.
Enquanto Ogborí foi ao mato atrás do pássaro para alimentar seus dez filhos, eles se juntaram com ira em cima do filho de Òsòròngà, o matarão, assaram sua carne e a devoraram. A medida que os filhos de Ogborí agrediam o único filho de Òsòròngà, seus poderes à avisaram, e já pressentindo o pior, ela retorna rapidamente a casa de sua irmã Ogborí, ao chegar constatou a morte de seu único filho, ela não conseguia compreender aquela situação, ficou desesperada, Sua cólera foi imensa, chorou muito e partiu para a floresta para viver com seu irmão Iókò, irmão este que não gosta de ser incomodado por ninguém e por esse motivo fez da floresta sua moradia.
Irókò ouviu o choro de sua irmã e quis que ela revelasse o motivo de tanta ira e tristeza. Então ela o contou como os filhos de Ogborí torturou e matou seu único filho, sem que Ogborí fosse capaz de impedi-los.
Irókó por sua vez a consolou, e lhe garantiu que partindo dos fatos relatados por sua irmã Òsòròngà, ele mesmo se alimentaria dos filhos de Ogborí.
É por isso que não se entrega crianças para Irókò, e até os dias de hoje os Yorùbá recorre a Òrúnmìlà quando a mortalidade infantil se torna fora de controle, acreditando-se que Irókò e sua irmã Òsòròngà, estariam por traz destas mortes.
Foi Òrúnmìlà que apelou por Irókò e para Òsòròngà, afim de que aceitassem o ètùtù e parassem com a mortalidade dos filhos dos leigos.
Utilizando-se de eyin, agoro, púpò epó entre outros itens. Da mesma forma que Èsù, não podemos cultuar essas divindades sem profundo conhecimento, para não sermos lesados ou acabar lesando a vida de outras pessoas. O sacerdote tem de ter a exata noção de seus limites e conhecimentos.

Bi a bá perí akoni, á fi owó lalè......

Se falamos de um espírito de caráter violento, fazemos uma marca no solo; as pessoas sentadas se levantam, por um breve momento em sinal de respeito.
E é assim que devemos agir ao mencionar as ìyàmì Èyèlè.
O relato descrito neste livro, é um resumo da imagem transmitida pelas tradições Yorùbá.
Seu primeiro aspecto se da, em mencioná-las como mulheres velhas e sábias; tendo como símbolo o igbá (cabaça) e um èyè (pássaro), usando do profundo conhecimento mágico e transformando-se elas mesmas em pássaros para realizarem assembléias noturnas, ou ainda, vigiar suas futuras vítimas.
Seu segundo aspecto, talvez o menos explorado, se da ao fato de Òlódùnmaré a transformar no Odù lógbóje , aquela que recebe o poder do pássaro.
Recebe também um igbá que simboliza o aiyé, mas por abusar de seus poderes, lhe foi tirado e transferido ao Obátala, é ele que exercerá seu poder que, embora esteja com ele ainda é controlado por elas.  Existindo feiticeiros homens denominados de osó, que são menos violentos que as aje. Os dois casos são de extremo poder de magia, sendo que só as aje os usam contra seus próprios familiares.
Um pode neutralizar o feitiço do outro,  tendo em vista que o código de conduta dos Osó , não os permite à enfrentar uns aos outros, sendo que as aje não respeitam este código podendo enfrentar uma outra irmã ou filho.
Outra diferença. se da ao fato de, um Osó cultuar apenas ikú e seus discípulos, quanto as aje, possuem seu próprio culto, independente de se tratar deste ou aquele clã.
 
 Igbá – Odù

Assim com já descrito, todo iniciado deve passar pelo ide-odù ,para que ele possa iniciar outras pessoas e ter condições de olhar seu Igba’dù sem ficar cego ou perder seu equilíbrio .
O babaláwo irá a uma feira para adquirir os matériais necessários ao preparo de uma mistura na qual ele irá passar em sua orí em defesa de toda energia qual será evocada.
Todos os elementos serão moídos e separados, juntos formam uma mistura que somente os iniciados podem vê-la, ou seja, pessoas que já possuam seu Igbá’dù.
Igbá-Odù significa aquele que possui todos os Ifá, esta divindade esta representada por uma ou várias cabaças, contendo objetos sagrados e de alto custo, seu nome é raramente pronunciado; por se tratar  de espíritos dos babaláwo.
Seus Orùnkó são inúmeros, assim como exemplo abaixo:
Odùlogboje: aquele que é feito de chumbo e não madeira.
Ajerereabojuojo: aquele que seus olhos estão voltados em todas as direções.
Adakinikinikara: juíza suprema distingue o bem e o mau.
Alaburaja: que ama o sangue e dele se alimenta.
Okalekotogowo: aquela que tira o que quer de acordo com sua vontade, ou seja, a ìyàgbá, Igbá – Iwa a cabaça da existência.
Representada por uma grande cabaça que contem quatro menores contendo vários objetos sagrados e de alto custo.
Representa o misterioso oculto, aquilo que jamais pode ser revelado.
Odù w ala n pe l’odù!!!!!!
Odù que não conhecemos salva-nos, símbolo do céu e da terra em união fecunda, detentora suprema de todo conhecimento.
Igba nlá a grande cabaça, simboliza a união do céu e a terra, não sendo permitido em pretexto algum a remoção de sua tampa.
O igbá nlá diferenciada das outras é confeccionada de 1 cabaça grande e 15 menores, onde cada uma receberá um nome específico.
A primeira cabaça menor é chamada de Adesi, de ordem feminina é aquela que vai e volta ( opa ra).
A segunda é Alesesi, de origem masculina;
A terceira é Alaola, origem feminina;
A quarta é Akalè, origem feminina guardião da casa.
A quinta é Bàbá aja, Osó retentor de todo o mau.
A sexta denomina-se Paya, de origem masculina é quem puni as mulheres adulteras;
A sétima é Ìyà agbá, de origem feminina mãe de todos filhos do clã;
A oitava é Akama, de origem feminina é a guardiã das crianças;
A nona é Agaganigogodo, de origem masculina domina o mundo animal;
A décima é Folè, de origem masculina é quem destrói os culpados;
A décima primeira é Olorimerin, de origem feminina é guardiã dos pontos cardeais;
A décima segunda é Elesemafa, de ordem feminina é quem da o destino as crianças;
A décima terceira Adabidalè, de origem masculina retentor do bem e do mau é o guardião dos arredores da casa;
Décimo quarto é Olo, de origem desconhecida o qual nada se sabe;
Décimo quinto é Ofun, de origem masculina comanda o desconhecido para que o sagrado não seja violado.
Igbá – Odù, aquela que é grande e mora nos fundos da casa, onde ninguém transita e cabe exclusivamente aos Bàbálawo cuidar de seus cultos e conservação.
Igbá –nlá, a grande cabaça representa o mundo e tudo que nele habita, sua composição consiste em ;
Granizo que representa o ar, efún que representa a terra e folhas de fogo e tutu para representar a água.
Quem manipula essa energia tem de possuir um profundo conhecimento de cada propriedade, suas finalidades, saber quais representam cada um dos Irùnmolè, os feitos de uma sobre as outras para que essa manipulação não se torne destrutiva e nociva aos seres humanos.
Nosso objetivo é de incentivar aos leitores e amantes do culto aos òrìsà, um motivo para que não se cansem de buscarem e obterem o conhecimento.
Pois assim se sabe que, é só através de conhecimento , respeito e humildade que se faz presente no espírito de ÒRÚNMÌLÀ.......

Ifá a gbe wa o!!!!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Nimrod - Oùdúwa O rei dos Yorùbá


Nimrod
A Torre de Babel de Pieter Bruegel retrata uma inspeção de cantaria comum de Ninrode
Nimrod (também grafado Ninrode ou Nemrod) é um personagem biblico descrito como o primeiro poderoso na terra (Génesis 10:8; 1 Crónicas 1:10). Filho de Cush, que era filho de Cam, que era filho de Noé.
Significado do Nome
Os escritos rabínicos derivaram o nome Ninrode do verbo hebraico ma·rádh, que significa "rebelar". Assim, o Talmude Babilônico (Erubin 53a) declara: "Então, por que foi ele chamado de Ninrode? Porque incitou todo o mundo a se rebelar (himrid) contra a Sua soberania." — Encyclopedia of Biblical Interpretation (Enciclopédia de Interpretação Bíblica), de Menahem M. Kasher, Vol. II, 1955, p. 79.
A respeito do nome , o orientalista E. F. C. Rosenmüller escreveu: "O nome Ninrode deriva de [ma·rádh], 'ele se rebelou', 'ele desertou', segundo o significado hebraico." Rosenmüller explica ainda que "os orientais têm o costume de se referir muitas vezes às pessoas de destaque por outro nome dado após a sua morte, e por isso às vezes há uma notável harmonia entre o nome e os atos da pessoa".
Extensão do seu Reinado e um breve Histórico
Segundo a Bíblia, o reinado de Nimrod incluía as cidades de Babel, Ereque, Acade e Calné, todas na terra de Sinear ou Senaar (Gênesis 10:10). Foi, provavelmente, sob o seu comando que se iniciou a construção de Babel e da sua torre. Tal conclusão está de acordo com o conceito judaico tradicional.
Sobre este homem, Josefo escreveu: "Pouco a pouco, transformou o estado de coisas numa tirania, sustentando que a única maneira de afastar os homens do temor a Deus era fazê-los continuamente dependentes do seu próprio poder. Ele ameaçou vingar-se de Deus, se Este quisesse novamente inundar a terra; porque construiria uma torre mais alta do que poderia ser atingida pela água e vingaria a destruição dos seus antepassados. O povo estava ansioso de seguir este conselho, achando ser escravidão submeter-se a Deus; de modo que empreenderam construir a torre [...] e ela subiu com rapidez além de todas as expectativas." — Jewish Antiquities (Antiguidades Judaicas), I, 114, 115 (iv, 2, 3)
Parece que Nimrod estendeu o seu domínio ao território da Assíria e construiu ali "Nínive, e Reobote-Ir, e Calá, e Resem, entre Nínive e Calá: esta é a grande cidade" (Génesis 10:11, 12 NM). Miquéias 5:6 informa: "Eles apascentarão a terra da Assíria pela espada e a terra de Nimrod pelo seu punhal" (BJ), o que parece associar a terra de Assur, em Génesis 10:11, com a Assíria. Visto que a Assíria evidentemente derivou seu nome de Assur, filho de Sem, Nimrod ou Ninrode, como neto de Cam, deve ter invadido território semita. Assim, parece que Nimrod começou a tornar-se um poderoso, ou herói, não só como caçador de animais, mas também como guerreiro, homem de agressão. (Génesis 10:8) A Cyclopædia de M’Clintock e Strong observa: "O que Ninrode fez ao sair no encalço como caçador era o primeiro indício do que conseguiu como conquistador. Pois a caça e o heroísmo, desde antigamente, estavam associados de modo especial e natural [...] Os monumentos assírios representam também muitas proezas na caça, e a palavra é muitas vezes empregada para indicar uma campanha. [...] A caça e a batalha, que no mesmo país, em tempos posteriores, estavam tão intimamente relacionadas, portanto, podem estar aqui virtualmente associadas ou identificadas. O significado, então, será que Ninrode foi o primeiro, depois do dilúvio, a fundar um reino, a unir os espalhados fragmentos do domínio patriarcal e a consolidá-los sob si próprio como único cabeça e senhor; e tudo isso em desafio a Deus, pois significava a intrusão violenta do poder camítico em território semítico." — 1894, Vol. VII, 
Historicidade e Tradição
A Collier’s Encyclopedia afirma: "Os peritos têm tentado, sem real êxito, identificar Ninrode com diversos reis, heróis, ou deidades antigas, dentre eles Merodaque [Marduque ou Marduc], um deus assírio-babilônico; Gilgamés [Gilgamesh], um herói babilônio que se tornou famoso como caçador; e Órion, um caçador da mitologia clássica". Na verdade, pouco mais se sabe sobre este governante do que aquilo que a Bíblia menciona. No entanto, a tradição árabe menciona-o. O nome, como Nimrude ou Nimroude, ocorre em designações de lugares no Próximo Oriente. Poemas didáticos sumério-acadianos relatam os seus feitos heróicos. E Josefo, historiador judeu, refere-se nominalmente a ele. Segundo a tradição religiosa, Nimrod foi executado devido à sua rebelião contra Javé, o Deus de Noé. Os seguidores de Ninrode consideraram a sua morte violenta uma tragédia ou calamidade, e o deificaram [carece de fontes]. Comemoravam a sua morte anualmente no primeiro e segundo dia do mês lunar de Tamuz, quando as mulheres choravam o seu ídolo [carece de fontes].Em Gn 10:8,9, Ninrode é chamado gibbor, «guerreiro». Ele era habilidoso como lutador, matador e caçador, três coisas nas quais os homens encontram muita glória, desde a Antigüidade até hoje. Os estudiosos comparam-no com Sargão, de Agade (cerca de 2330 A.C.), que também foi grande guerreiro e caçador, e que veio a tornar-se um dos remotos líderes assírios. Não há que duvidar que homens da estirpe de Ninrode e Sargão deixaram muitas lendas, que se desenvolveram em torno de suas pessoas. A semelhança de certos heróis gregos, foram reputados semideuses ou «heróis», no sentido grego desse vocábulo. Divindades como Ninurta (Nimurda), e outros deuses babilônios e assírios da guerra e da caça, eram incensados da mesma maneira que Ninrode o foi. Por essa razão, os eruditos supõem que Ninrode represente alguma antiga mitologia que mais fazia parte da religião do que da história. E outros vêem em Ninrode o protótipo de Nino, o fundador clássico da cidade de Nínive. Ou, talvez, ele tenha sido o mesmo Gilgamés, um rei-heróico épico de Ereque (cerca de 2700 A.C.). Havia um antiqüíssimo provérbio aplicado a ele: «como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor» (Gn 10:9). Ainda outros estudiosos procuram encontrar alguma ligação entre Ninrode e Marduque, uma das principais divindades babilônicas. Os estudiosos conservadores, naturalmente, con­tentam-se somente com a interpretação que vê Ninrode como uma personagem histórica, sem importar se lendas e mitos vieram a vincular-se mais tarde a seu nome, incluindo noções de divindade. É curioso, para dizer o mínimo, que muitos nomes locativos, na Babilônia, reflitam esse nome, como Birs Ninrud, Tell Nimrud (perto de Bagdá) e o cômoro de Ninrode (antiga Cala). — Essa circunstância ilustra o fato de que havia uma rica tradição em torno de sua pessoa.
3. Reino de Ninrode
O reino ou «terra de Ninrode» (Mq 5:6), refere-se à região adjacente à Assíria, a qual incluía as grandes cidades de Babel, Ereque (Warka), Acade (Agade), além de várias outras, na «terra de Sinear» (Gn 10:20; 11:2). O trecho de Gn 10:11 relata como Ninrode fundou Nínive, Reobote-Ir, Calá e Resen. Se, realmente, ele foi uma personagem histórica, então floresceu em cerca de 2450 A.C. Os muitos nomes de lugares que incorporam o seu nome emprestam crença à sua historicidade, embora saibamos tão pouco a seu respeito. Poderia ter-se seguido a sua deificação, fazendo com que seu nome se misturasse com religiões subseqüentes. Se o Cuxe babilônico tiver de ser identificado com Quis (conforme alguns estudiosos supõem), então já teremos um pouco mais de informações sobre o reino fundado por Ninrode. A dinastia de Quis teve vinte e três reis que representaram a primeira dinastia mesopotâmica, e que governou pouco tempo depois do dilúvio de Noé.
4. Caráter
A Bíblia fornece uma breve descrição relativa a Ninrode. O significado do seu nome, «rebelde», indica tratar-se de uma espécie de anti-herói indesejá­vel. Ninrode era foi um rei que Deus jamais aprovaria, um caçador e matador, em contraste com a idéia de um rei-pastor (ver II Sm 5:2; 7:7; Ap 2:27; 19:15). Um caçador satisfaz-se às custas de suas vítimas. Mas um pastor preocupa-se em proteger seus animais e cuidar deles. Por outro lado, a declaração de que ele foi «poderoso caçador diante do Senhor» (Gn 10:9), poderia ter a intenção de ser um elogio. Coisa alguma era e continua sendo mais comum do que a glorificação da força bruta, por parte dos homens; e nada é mais comum do que dar pouca importância ao sofrimento humano.

O VERDADEIRO NOME DE ODUDUWA

 Oduduwa foi um personagem histórico do povo yorubá.
Oduduwa foi um temível guerreiro invasor, vencedor dos ìgbós e fundador da cidade de Ifé. Segundo historiadores, Oduduwa teria vivido entre 2000 à 1800 anos antes de Cristo.
Oduduwa foi pai dos reis de diversas nações yorubás, tornando-se assim cultuado após sua morte, devido ao costume yorubá de cultuar-se os ancestrais.
Segundo o historiador Eduardo Fonseca Júnior, Oduduwa chamava-se Nimrod, que desceu do Egito até Yarba onde fixou residência. Ao longo do caminho até Yarba, Nimrod ou Oduduwa fundou diversos reinos. Diz ainda que Oduduwa teria ido para a África a mando de Olodumare para redimir os descendentes de Caim que à semelhança de seu ancestral, carregavam um sinal na testa.
Segundo o historiador, Nimrod trocou de nome e passou-se a se chamar Oduduwa, "aquele que tem existência própria"; onde Ile-Ifé é aquele que cresce e se expande.
Segundo o Professor José Beniste, Oduduwa é assim chamado devido ao fato dele cultuar uma divindade chamada Oduá, que na verdade chama-se Odulobojé.
Era o ancestral cultuado pelo herói aqui em questão, gerador de toda cultura yorubá.
Como podemos observar, Oduduwa (o fundador de Ilé-Ifé), segundo grandes pesquisadores como Pierre Verger, José Beniste, Eduardo Fonseca Júnior é um personagem histórico.

Kekere Awo Ifágbòàlà Ésú