O caminho
para fé
Comumente as dores e
sofrimento, são os responsáveis pelo ingresso das pessoas as Casas de
Tratamento Espirituais, observando-se em menor número aquelas que as procuram
por desejar conhecer ou estudar esta ou aquela Doutrina.
Em qualquer dos casos, é fundamental que o recém-chegado
busque a orientação espiritual, seja através de consultas ou de grupos de
orientação formados por médiuns intuitivos preparados para essa tarefa.
Essa orientação indicará qual o tratamento mais adequado,
evidenciando-se, contudo a necessidade de conhecimento de causa, aceitação da
necessidade do tratamento seja por ebó ou ètùtù como recursos básicos em
qualquer situação.
Todo recém-chegado ou iniciado tem como meta estudar
e se aprofundar em todo histórico religioso, deixando bem claro que para
estudar e compreender qualquer Doutrina Espiritual o indivíduo não precisa ser
ou ter passado por nenhum tipo de ritual iniciativo. Quero lembrar aos mais
radicais que as Universidades, cito: USP, PUC, URJ entre outras, que oferecem
os cursos de Sociologia e Antropologia, são em sua maioria alunos que nunca
tiveram se quer ouvido falar no Culto aos Òrìsà (Orixas) e entre tanto
as portas e segredos deste culto são escancarados sem nenhum critério; fazem
isto claro os maus Sacerdotes se é que assim possam ser chamados com a intenção
de aparecer.
Enquanto seus filhos ou seguidores, que estes sim,
precisam de orientação e ensino tem como resposta que ainda não está na hora,
ou pior, a fruta só da no tempo....
Temos também outro grupo composto por pessoas que só
veem o lado divertido das manifestações, onde se busca a predição do futuro e
onde se utilizam os espíritos que a isso prestam para futilidades e zombarias
de toda espécie.
Aos espíritos levianos muito agrada esse tipo de
culto.
O simples e bom senso diz que elevados não comparecem
a cultos desse. Cometeria uma profanação aquele que convidasse para semelhantes
cultos individualidades veneradas porque seria misturar o sagrado com o
profano.
Existem também pessoas que tem a necessidade de ver
algum tipo de manifestação física.
Para muitas, oferecem mais um espetáculo curioso do
que instrutivo.
Para os incrédulos estes saem delas mais admirados do
que convencidos. O mesmo não se da com aqueles que hajam estudado porque
compreenderão antecipadamente possibilidade dos fenômenos e a observação dos
fatos positivos que lhes determina ou completa a convicção se houver
subterfúgios, estarão em condição de descobri-los. Quando dirigidas com métodos
e prudência dão bons resultados; entretanto, há que e reconhecer que foram
experiências dessa ordem que levaram os pesquisadores à descoberta de leis que
regem o mundo invisível e para muita gente constitui meio de convicção.
CONSCIENCIA INSTRUTIVAS
De caráter muito diverso dos anteriores onde se pode
ter o verdadeiro conhecimento quanto à equipe de estudo, visam elevados
objetivos de fraternidade, ensinamento e elevação. A primeira condição é que
sejam reuniões sérias onde se vai cogitar de coisas uteis, excluindo-se todas
as outras.
Para isso, há que se contar com a presença de bons
sacerdotes que acorrem onde se agrupem pessoas bem intencionadas e em condições
propícias.
As reuniões de estudo são de imensa utilidade para
seguidores de manifestações inteligentes, sobretudo para aqueles que desejam
seriamente aperfeiçoar-se em seu trabalho e que a elas comparecem sem serem
dominados pela tola presunção de infalibilidade. O bom aprendiz é aquele que
não abrange apenas o ensinamento moral que se é passado, mas, também, o estudo
dos fatos.
CONCEITO DE RELIGIÃO
Definição:- Religião (do latim, religar, liga, unir)
quando bem compreendida deveria ser um laço que unisse os homens entre si,
através de um mesmo pensamento ao princípio superior das coisas.
Sabemos que existe na alma humana um sentimento
natural, a busca da perfeição identificando o bem e a justiça, sentimento este
que esclarecido pela Ciência, fortificado pela razão, apoiado na liberdade de
consciência viria a ser móvel das grandes ações, mas que uma arma falseada,
materializada tornou-se pela inquietação das teocracias um instrumento de
dominação egoística.
A religião deve ser simples, sem formas, sem cultos
exteriores.
A verdadeira religião é um sentimento é no coração do
ser humano, e não nas formas ou manifestações exteriores que está o melhor
Templo de Deus.
As religiões são formas de reintegração do homem às
leis naturais, instituições sociais em que se condensam as instituições
espirituais que indicam ao homem o caminho de volta a Deus.
Ao voltarmos ao passado refletindo sobre as religiões
existentes na época, ficamos perplexos ao verificarmos o quanto são lentos a
marcha e o progresso do ser humano no que diz respeito a cultos e crenças
religiosas.
Tudo nos parece um grande mistério, porém, numa grande
analise mais profunda se constata que todas as crenças e religiões, com suas
formas materiais e cerimoniais extravagantes, tinham por objetivo chocar a
imaginação do povo.
Por detrás desses mistérios as religiões antigas
apareciam sob diversos aspectos, tinham ao mesmo tempo um caráter grave e
elevado ou científico e filosófico; seu ensino era duplo: exterior e público,
mas também interior e secreto, onde só era permitida a participação dos
iniciados, ou seja, escolhidos, que eram preparados desde a infância e por toda
sua vida para o conhecimento cientifico e religioso, trabalhando seu caráter e
despertando as faculdades da Alma.
Os iniciados conheciam também os segredos das forças
naturais, fluídicas e magnéticas, baseando-se em certos poderes da natureza.
Comunicava-se com os poderes ocultos do Universo, e
os que detinham esses conhecimentos eram chamados e eleitos e os seus atos
tidos como sobrenatural.
Toda religião teria duas fazes: uma aparente (forma e
letra) e outra oculta (espírito); debaixo do símbolo material dissimulavam o
sentido religioso.
O Bramanismo (Índia), o Hermetismo (Egito),
Politeísmo (Grécia), Egbe Yorubá (sociedade Yorùbá), o próprio Cristianismo em
sua origem, tinham aspecto duplo.
Para conhecer esses aspectos é preciso um estudo
minucioso de cada uma delas e sua importância perante seu povo e sua época.
Desprendendo-se do seio dos mitos e dogmas, o
principio gerador que lhes comunicava a força e a vida, descobre-se a doutrina
única, superior e imutável, e que todas elas não são mais do que adaptações
imperfeitas e transitórias proporcionando as necessidades dos tempos e dos
meios.
Após pacientes estudos e numerosas descobertas, Max
Muller (escritor) conseguiu reconstruir esses ensinos secretos e desvendam dos
seus mistérios chegou-se a conclusão de que todos os ensinos das religiões
antigas se ligam porque em suas bases encontram-se os mesmos fundamentos
revelados de tempos em tempos, por inúmeros mensageiros e missionários de Deus.
O SENTIMENTO RELIGIOSO
A origem do sentimento religioso esta baseada na lei
de adoração, sentimento inato ao homem, desde o despertar de sua atenção para
as coisas que o envolve.
Do homem primitivo aos dias de hoje a adoração passou
por varias fases de evolução; algumas foram importantes e se conservam até hoje;
outras se perderam no tempo, porém todas tiveram sua importância.
O processo de adoração se desenvolve desde o reino
mineral ate o nominal, ligados entre si, se misturando, da passagem de um estágio
a outro.
O homem carrega sua herança através do tempo.
Desde a origem do sentimento religioso, os
pesquisadores afirmam que aliado ele, já se conhecia a crença na sobrevivência
da alma, embora com outros nomes.
O primeiro fato concreto surgiu com a crença em uma
força misteriosa que podia manifestar-se através dos objetos e coisas, podendo
também atuar em seres humanos.
Ficou conhecida com o nome polinésio de “Mana” e
“Ordena”, sua força produzia os mais estranhos fenômenos, isso foi verificado entre
diversas Tribos primitivas na África, Brasil e nas diversas regiões do Mundo.
Os sacerdotes do culto aos Irunmòle (òrìsà) se
utilizam dessa força para realização dos seus trabalhos e curas.
O segundo fato é a prova da existência dos próprios espíritos,
divindades Africanas e das práticas mágicas.
Período chamado de Antropomorfismo, que é a
característica psíquica do mundo primitivo, a maneira rudimentar da
interpretação da natureza pelo homem.
Classificada da seguinte
forma:
Litolatria: adoração às pedras
e coisas da natureza
Fitolatria: adoração aos
vegetais, plantas, flores, árvores
Zoolatria: adoração aos
animais
Mitologia: adoração aos Deuses
Com o desenvolvimento da razão, o homem transfere sua
adoração para seres humanos, cultuando seus mortos¸ seus antepassados.
Surge assim o Culto aos Ancestrais, Osíris, Iris, Hórus,
Odùdúwa, Sòngó, Òsóòsí, Ògún, entre outros, foram
cultuados como ancestrais e se tornaram mitos.
Assim como a Zoolatria; surgem verdadeiros deuses de
formas estranhas e absurdas, gente e animal ao mesmo tempo, cultuados no antigo
Egito.
A Mitologia foi um de muitos sacrifícios num
verdadeiro festival de oferendas, onde a África e a Grécia foram os lugares que
mais se apegaram a esse tipo de adoração.
O homem já trazia a intuição de Deus, ou de um
superior, que ele não compreendia, mas identificava nos fenômenos da natureza
tais como a chuva, o trovão, etc.
Ainda hoje, as tribos mais primitivas que não tiveram
contato com os povos mais avançados bem como com suas religiões, temem e
cultuam a Deus.
Essa crença ou intuição de Deus foi o gérmen de todas
as religiões, que se se desenvolveu a partir de então, tomando rumos diferentes
e adquirindo características divergentes. No entanto, em pelo menos dois
aspectos, todas elas concordaram sempre: A existência de um ser ou seres
superiores, que chamaram Deus ou deuses e na existência de um mundo espiritual,
imperceptível aos nossos sentidos, mas atuante, onde para eles, habitavam os
deuses ou demônios.
A
EVOLUÇÃO RELIGIOSA
Foi entre os povos primitivos do Oriente que surgiram
as primeiras organizações religiosas da terra; aos qual Jesus enviava periodicamente
seus mensageiros e profetas.
Naquela época por não haver a escrita, as tradições
se transmitiam de geração a geração pela palavra; com o surgimento da escrita,
faz-se surgir uma nova era de conhecimentos espirituais no campo religioso.
Os primeiros povos a nos trazerem escritos religiosos
foram os “Vedas”, e isso já faz uns seis mil anos (A.C.), textos estes que inspiraram
várias linhas filosóficas da Índia.
A partir do ano 3.000AC, surge às doutrinas
orientais: a trilogia Chinesa, o Islamismo, o Budismo e a tradição Yorubá,
embora esta se utilizasse do recurso da escrita.
Mais ou menos 1000 AC sábios, sacerdotes e o povo
judeu recolheram lendas, tradições, costumes e leis que agrupadas formaram o
Velho Testamento, daí para frente o povo passa a crer na existência do Deus
único.
Certamente a Gênese de todas as filosofias da
humanidade teve sua origem sob ascendência de Amor de Deus, que na direção do
planeta Terra sempre nos enviou os seus emissários para pregar o amor, a
justiça e a sabedoria.
O seu desvelado amor acompanhou de tempo em tempo a
evolução de todas as criaturas em todas as direções da Terra.
A história da China, da Pérsia, do Egito, Índia, dos
Árabes, Israelitas, Africanos, Gregos, Judeus e Romanos estão clareadas pelas
leis dos seus poderes.
Todos cumpriram seus deveres como se fosse Ele
próprio em sucessivas reencarnações.
No Mana Darva encontramos a lição de Deus, na China
com sua Trilogia Fo-Hi, Láo Tsé e Confúcio (3.000 AC).
No Tibet nos ensinamentos de Buda, no Pentateuco de
Moisés, no Alcorão de Maomet, no Monólito de Ninrod Odùdúwa na tradução de sua
cabala Yòrùbá.
Cada raça recebeu a seu tempo seus instrutores como
se fosse enviado de Deus na resplandecência de sua glória.
Cada emissário trouxe uma das modalidades da grande
lição do Mestre da Galileia.
A verdade é que todos os livros e tradições da
antiguidade guardam entre si a mais estreita unidade substancial evoluindo
gradativamente em conhecimento a respeito de Deus em toda a sua essência e
amor.
Porém, o orgulho, a vaidade, a iniquidade modificaram
o verdadeiro e único sentido de cada religião uma fonte de satisfação salientando
que muitos cultos do Oriente e do Ocidente caminharam para o Terreno da
dissolução e da imoralidade.
Kekere Awo e Bàbálòrìsà Ifágbòàlá Èsú