quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Conceito e Religião


O caminho para fé

Comumente as dores e sofrimento, são os responsáveis pelo ingresso das pessoas as Casas de Tratamento Espirituais, observando-se em menor número aquelas que as procuram por desejar conhecer ou estudar esta ou aquela Doutrina.
                Em qualquer dos casos, é fundamental que o recém-chegado busque a orientação espiritual, seja através de consultas ou de grupos de orientação formados por médiuns intuitivos preparados para essa tarefa.
                Essa orientação indicará qual o tratamento mais adequado, evidenciando-se, contudo a necessidade de conhecimento de causa, aceitação da necessidade do tratamento seja por ebó ou ètùtù como recursos básicos em qualquer situação.
                Todo recém-chegado ou iniciado tem como meta estudar e se aprofundar em todo histórico religioso, deixando bem claro que para estudar e compreender qualquer Doutrina Espiritual o indivíduo não precisa ser ou ter passado por nenhum tipo de ritual iniciativo. Quero lembrar aos mais radicais que as Universidades, cito: USP, PUC, URJ entre outras, que oferecem os cursos de Sociologia e Antropologia, são em sua maioria alunos que nunca tiveram se quer ouvido falar no Culto aos Òrìsà (Orixas) e entre tanto as portas e segredos deste culto são escancarados sem nenhum critério; fazem isto claro os maus Sacerdotes se é que assim possam ser chamados com a intenção de aparecer.
                Enquanto seus filhos ou seguidores, que estes sim, precisam de orientação e ensino tem como resposta que ainda não está na hora, ou pior, a fruta só da no tempo....
                Temos também outro grupo composto por pessoas que só veem o lado divertido das manifestações, onde se busca a predição do futuro e onde se utilizam os espíritos que a isso prestam para futilidades e zombarias de toda espécie.
                Aos espíritos levianos muito agrada esse tipo de culto.
                O simples e bom senso diz que elevados não comparecem a cultos desse. Cometeria uma profanação aquele que convidasse para semelhantes cultos individualidades veneradas porque seria misturar o sagrado com o profano.
                Existem também pessoas que tem a necessidade de ver algum tipo de manifestação física.
                Para muitas, oferecem mais um espetáculo curioso do que instrutivo.
                Para os incrédulos estes saem delas mais admirados do que convencidos. O mesmo não se da com aqueles que hajam estudado porque compreenderão antecipadamente possibilidade dos fenômenos e a observação dos fatos positivos que lhes determina ou completa a convicção se houver subterfúgios, estarão em condição de descobri-los. Quando dirigidas com métodos e prudência dão bons resultados; entretanto, há que e reconhecer que foram experiências dessa ordem que levaram os pesquisadores à descoberta de leis que regem o mundo invisível e para muita gente constitui meio de convicção.

CONSCIENCIA INSTRUTIVAS

                De caráter muito diverso dos anteriores onde se pode ter o verdadeiro conhecimento quanto à equipe de estudo, visam elevados objetivos de fraternidade, ensinamento e elevação. A primeira condição é que sejam reuniões sérias onde se vai cogitar de coisas uteis, excluindo-se todas as outras.
                Para isso, há que se contar com a presença de bons sacerdotes que acorrem onde se agrupem pessoas bem intencionadas e em condições propícias.
                As reuniões de estudo são de imensa utilidade para seguidores de manifestações inteligentes, sobretudo para aqueles que desejam seriamente aperfeiçoar-se em seu trabalho e que a elas comparecem sem serem dominados pela tola presunção de infalibilidade. O bom aprendiz é aquele que não abrange apenas o ensinamento moral que se é passado, mas, também, o estudo dos fatos.


CONCEITO DE RELIGIÃO

                Definição:- Religião (do latim, religar, liga, unir) quando bem compreendida deveria ser um laço que unisse os homens entre si, através de um mesmo pensamento ao princípio superior das coisas.
                Sabemos que existe na alma humana um sentimento natural, a busca da perfeição identificando o bem e a justiça, sentimento este que esclarecido pela Ciência, fortificado pela razão, apoiado na liberdade de consciência viria a ser móvel das grandes ações, mas que uma arma falseada, materializada tornou-se pela inquietação das teocracias um instrumento de dominação egoística.
                A religião deve ser simples, sem formas, sem cultos exteriores.
                A verdadeira religião é um sentimento é no coração do ser humano, e não nas formas ou manifestações exteriores que está o melhor Templo de Deus.
                As religiões são formas de reintegração do homem às leis naturais, instituições sociais em que se condensam as instituições espirituais que indicam ao homem o caminho de volta a Deus.
                Ao voltarmos ao passado refletindo sobre as religiões existentes na época, ficamos perplexos ao verificarmos o quanto são lentos a marcha e o progresso do ser humano no que diz respeito a cultos e crenças religiosas.
                Tudo nos parece um grande mistério, porém, numa grande analise mais profunda se constata que todas as crenças e religiões, com suas formas materiais e cerimoniais extravagantes, tinham por objetivo chocar a imaginação do povo.
                Por detrás desses mistérios as religiões antigas apareciam sob diversos aspectos, tinham ao mesmo tempo um caráter grave e elevado ou científico e filosófico; seu ensino era duplo: exterior e público, mas também interior e secreto, onde só era permitida a participação dos iniciados, ou seja, escolhidos, que eram preparados desde a infância e por toda sua vida para o conhecimento cientifico e religioso, trabalhando seu caráter e despertando as faculdades da Alma.
                Os iniciados conheciam também os segredos das forças naturais, fluídicas e magnéticas, baseando-se em certos poderes da natureza.
                Comunicava-se com os poderes ocultos do Universo, e os que detinham esses conhecimentos eram chamados e eleitos e os seus atos tidos como sobrenatural.
                Toda religião teria duas fazes: uma aparente (forma e letra) e outra oculta (espírito); debaixo do símbolo material dissimulavam o sentido religioso.
                O Bramanismo (Índia), o Hermetismo (Egito), Politeísmo (Grécia), Egbe Yorubá (sociedade Yorùbá), o próprio Cristianismo em sua origem, tinham aspecto duplo.
                Para conhecer esses aspectos é preciso um estudo minucioso de cada uma delas e sua importância perante seu povo e sua época.
                Desprendendo-se do seio dos mitos e dogmas, o principio gerador que lhes comunicava a força e a vida, descobre-se a doutrina única, superior e imutável, e que todas elas não são mais do que adaptações imperfeitas e transitórias proporcionando as necessidades dos tempos e dos meios.
                Após pacientes estudos e numerosas descobertas, Max Muller (escritor) conseguiu reconstruir esses ensinos secretos e desvendam dos seus mistérios chegou-se a conclusão de que todos os ensinos das religiões antigas se ligam porque em suas bases encontram-se os mesmos fundamentos revelados de tempos em tempos, por inúmeros mensageiros e missionários de Deus.


O SENTIMENTO RELIGIOSO

                A origem do sentimento religioso esta baseada na lei de adoração, sentimento inato ao homem, desde o despertar de sua atenção para as coisas que o envolve.
                Do homem primitivo aos dias de hoje a adoração passou por varias fases de evolução; algumas foram importantes e se conservam até hoje; outras se perderam no tempo, porém todas tiveram sua importância.
                O processo de adoração se desenvolve desde o reino mineral ate o nominal, ligados entre si, se misturando, da passagem de um estágio a outro.
                O homem carrega sua herança através do tempo.
                Desde a origem do sentimento religioso, os pesquisadores afirmam que aliado ele, já se conhecia a crença na sobrevivência da alma, embora com outros nomes.
                O primeiro fato concreto surgiu com a crença em uma força misteriosa que podia manifestar-se através dos objetos e coisas, podendo também atuar em seres humanos.
                Ficou conhecida com o nome polinésio de “Mana” e “Ordena”, sua força produzia os mais estranhos fenômenos, isso foi verificado entre diversas Tribos primitivas na África, Brasil e nas diversas regiões do Mundo.
                Os sacerdotes do culto aos Irunmòle (òrìsà) se utilizam dessa força para realização dos seus trabalhos e curas.
                O segundo fato é a prova da existência dos próprios espíritos, divindades Africanas e das práticas mágicas.
                Período chamado de Antropomorfismo, que é a característica psíquica do mundo primitivo, a maneira rudimentar da interpretação da natureza pelo homem.
Classificada da seguinte forma:
Litolatria: adoração às pedras e coisas da natureza
Fitolatria: adoração aos vegetais, plantas, flores, árvores
Zoolatria: adoração aos animais
Mitologia: adoração aos Deuses
                Com o desenvolvimento da razão, o homem transfere sua adoração para seres humanos, cultuando seus mortos¸ seus antepassados.
                Surge assim o Culto aos Ancestrais, Osíris, Iris, Hórus, Odùdúwa, ngó, Òsóòsí, Ògún, entre outros, foram cultuados como ancestrais e se tornaram mitos.
                Assim como a Zoolatria; surgem verdadeiros deuses de formas estranhas e absurdas, gente e animal ao mesmo tempo, cultuados no antigo Egito.
                A Mitologia foi um de muitos sacrifícios num verdadeiro festival de oferendas, onde a África e a Grécia foram os lugares que mais se apegaram a esse tipo de adoração.
                O homem já trazia a intuição de Deus, ou de um superior, que ele não compreendia, mas identificava nos fenômenos da natureza tais como a chuva, o trovão, etc.
                Ainda hoje, as tribos mais primitivas que não tiveram contato com os povos mais avançados bem como com suas religiões, temem e cultuam a Deus.
                Essa crença ou intuição de Deus foi o gérmen de todas as religiões, que se se desenvolveu a partir de então, tomando rumos diferentes e adquirindo características divergentes. No entanto, em pelo menos dois aspectos, todas elas concordaram sempre: A existência de um ser ou seres superiores, que chamaram Deus ou deuses e na existência de um mundo espiritual, imperceptível aos nossos sentidos, mas atuante, onde para eles, habitavam os deuses ou demônios.
  
A  EVOLUÇÃO RELIGIOSA

                Foi entre os povos primitivos do Oriente que surgiram as primeiras organizações religiosas da terra; aos qual Jesus enviava periodicamente seus mensageiros e profetas.
                Naquela época por não haver a escrita, as tradições se transmitiam de geração a geração pela palavra; com o surgimento da escrita, faz-se surgir uma nova era de conhecimentos espirituais no campo religioso.
                Os primeiros povos a nos trazerem escritos religiosos foram os “Vedas”, e isso já faz uns seis mil anos (A.C.), textos estes que inspiraram várias linhas filosóficas da Índia.
                A partir do ano 3.000AC, surge às doutrinas orientais: a trilogia Chinesa, o Islamismo, o Budismo e a tradição Yorubá, embora esta se utilizasse do recurso da escrita.
                Mais ou menos 1000 AC sábios, sacerdotes e o povo judeu recolheram lendas, tradições, costumes e leis que agrupadas formaram o Velho Testamento, daí para frente o povo passa a crer na existência do Deus único.
                Certamente a Gênese de todas as filosofias da humanidade teve sua origem sob ascendência de Amor de Deus, que na direção do planeta Terra sempre nos enviou os seus emissários para pregar o amor, a justiça e a sabedoria.
                O seu desvelado amor acompanhou de tempo em tempo a evolução de todas as criaturas em todas as direções da Terra.
                A história da China, da Pérsia, do Egito, Índia, dos Árabes, Israelitas, Africanos, Gregos, Judeus e Romanos estão clareadas pelas leis dos seus poderes.
                Todos cumpriram seus deveres como se fosse Ele próprio em sucessivas reencarnações.
                No Mana Darva encontramos a lição de Deus, na China com sua Trilogia Fo-Hi, Láo Tsé e Confúcio (3.000 AC).
                No Tibet nos ensinamentos de Buda, no Pentateuco de Moisés, no Alcorão de Maomet, no Monólito de Ninrod Odùdúwa na tradução de sua cabala Yòrùbá.
                Cada raça recebeu a seu tempo seus instrutores como se fosse enviado de Deus na resplandecência de sua glória.
                Cada emissário trouxe uma das modalidades da grande lição do Mestre da Galileia.
                A verdade é que todos os livros e tradições da antiguidade guardam entre si a mais estreita unidade substancial evoluindo gradativamente em conhecimento a respeito de Deus em toda a sua essência e amor.
                Porém, o orgulho, a vaidade, a iniquidade modificaram o verdadeiro e único sentido de cada religião uma fonte de satisfação salientando que muitos cultos do Oriente e do Ocidente caminharam para o Terreno da dissolução e da imoralidade.

 Kekere Awo e Bàbálòrìsà  Ifágbòàlá Èsú

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