quinta-feira, 12 de julho de 2012

Awon òrìsà


Ajaká

AGANJÚ, TERRA FIRME E AJAKÁ SEU PAI

Antes de apaixonar-se pelo caçador, Yemowo deu a luz  a um menino e uma menina, chamados respectivamente iyaderegbe e Òrugòn. O nome Aganjú significa a parte não habitada do país, a região selvagem, terra firme, a planície, ou a floresta; e o nome Òrugòn significa Sr da guerra. A prole da união do paraíso e da terra, isto é, de Obatàlá e de Yemowo, pode assim ser dita representar a união de terra e água. Yemowo é a Deusa dos rios e córregos, e gere as dificuldades causadas pela água. É representada por uma figura feminina, sua cor é o amarelo, contas azuis e vestimenta branca. A adoração de Aganjú parece ter caído em desuso, ou ter-se fundido com a de sua mãe; mas diz-se existir um espaço aberto na frente da residência do rei em Oyo onde Aganjú foi adorado no passado e que ainda se chama Ojú-Aganjú - "Olhos de Aganjú".Iyaderegbe casou-se com seu irmão Òrugòn, e teve um filho chamado Aganju. Parece responder ao khekheme, ou "à região livre de ar" dos povos Ewe, para significar o espaço aparente entre o céu e a terra. A prole da terra e da água seria assim o que nós chamamos de ar. Òrugán apaixonou-se por sua irmã, que recusou-se a ouvir de sua paixão culpada. Um dia Òrugòn aproveitou-se da ausência de seu pai e a possuiu. Imediatamente depois do ato, Iyaderegbe levantou-se e fugiu, esfregando as mãos e lamentando. Ela foi perseguida por Òrugòn, que a tentou consolar dizendo que ninguém precisaria saber do ocorrido. E declarou que não poderia viver sem ela. Pediu-lhe considerar que vivesse com dois maridos, um reconhecido, e o outro em segredo; mas ela rejeitou com horror todas suas propostas e continuou a fugir. Òrugòn, entretanto, alcançou-a rapidamente e quando estava ao alcance de sua mão, ela caiu para trás na terra então seu corpo começou imediatamente a inchar em uma maneira temível, dois córregos da água saíram de seus seios, e seu abdômen explodiu, abrindo-se. Os córregos dos seios de Iyaderegbe uniram-se formando uma lagoa. E da abertura de seu corpo vieram:



Dadá Deus dos Vegetais


Sàngó 
Deus do Relâmpago

Ògún 
Deus do Ferro e da Guerra

Òlokun 
Deusa do Mar

Òlosa 
Deusa da Lagoa

Oyá 
Deusa do Rio Níger

Òsun 
Deusa do Rio Òsun

Oba 
Deusa do Rio Oba

Òrìsà Oko 
Deus da Agricultura

Òsòósi 
Deus dos Caçadores

Oke 
Deus das Montanhas

Ajé 
Deus da Riqueza

Sàponà
Deus da Varíola

Òrun 
O Sol

Òsú 
A Lua

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Capoeira a força de um povo


Elementos da Capoeira Angola

Já dizia o Mestre Pastinha, "Capoeira Angola é, antes de tudo, luta e luta violenta." Mas atualmente a Capoeira é normalmente  praticada como um  esporte ou simplesmente folclore para perservar as tradições.
É claro que entre os praticantes sérios, em seus treinos, os golpes são apenas simulados e a Capoeira torna-se um exercício físico e mental. A violência dos seus golpes, no entanto, não deixa espaço para meio termo; ou joga-se Capoeira 'para valer', com as suas sérias consequências ou apenas simula-se um jogo. A possibilidade de enquadrá-la em regras esportivas é inexistente; quem assim o faz está sendo leviano ou não conhece de fato a Capoeira. 

Os Golpes 

A Capoeira Angola tem um número relativamente pequeno de golpes que podem, no entanto, atingir uma harmoniosa complexidade através de suas variações. Assim como a música tem apenas sete notas .
Os seus principais golpes são: Cabeçada, Rasteira, Rabo de Arraia, Chapa de Frente, Chapa de Costas, Meia Lua e Cutilada de Mão. 

A Música

A Capoeira é a única modalidade de luta marcial que se faz acompanhada por instrumentos musicais. Isso deve-se basicamente às suas origens entre os escravos, que dessa forma disfarçavam a prática da luta numa espécie de dança, enganando os senhores de engenho e os capitães-do-mato. No início esse acompanhamento era feito apenas com palmas e toques de tambores. Posteriormente foi introduzido o Berimbau (foto), instrumento composto de uma haste tensionada por um arame, tendo por caixa de ressonância uma cabaça cortada. O som é obtido percutindo-se uma haste no arame; pode-se variar o som abafando-se o som da cabaça e (ou) encostando uma moeda de cobre no arame; complementa o instrumento o caxixi, uma cestinha de vime com sementes secas no seu interior.

O Berimbau, um instrumento usado inicialmente por vendedores ambulantes para atrair fregueses, tornou-se instrumento símbolo da Capoeira, conduzindo o jogo com o seu timbre peculiar. Os ritmos são em compasso binário e os andamentos - lento, moderado e rápido são indicados pelos toques do Berimbau. Entre os mais conhecidos estão o São Bento Grande, o São Bento Pequeno (mais rápido), Angola, Santa Maria, o toque de Cavalaria (que servia para avisar a chegada da polícia), o Amazonas e o Iuna.
Numa roda de angoleiros o conjunto rítmico completo é composto por: três berimbaus (um grave - Gunga; um médio e um agudo - Viola); dois pandeiros; um reco-reco; um agogô e um atabaque. A parte musical tem ainda ladainhas que são cantadas e repetidas em coro por todos na roda. Um bom capoeirista tem obrigação de saber tocar e cantar os temas da Capoeira. 

O Jogo 

"Capoeira é um diálogo de corpos, eu venço quando o meu parceiro não tem mais respostas para as minhas perguntas" - Mestre Moraes. O jogo da Capoeira na forma amistosa, ou seja, na roda é verdadeiramente um diálogo de corpos. Dois capoeiristas se benzem ao pé do Berimbau e iniciam um lento balé de perguntas e respostas corporais, até que um terceiro 'compre o jogo' e assim desenvolve-se sucessivamente até que todos entrem na roda. 

A Malícia 

Elemento básico da Capoeira Angola, a malícia ou mandinga a torna ainda mais perigosa. Essa malandragem que faz que vai e não vai, retira-se e volta rapidamente; essa ginga de corpo que engana o adversário, faz o diferencial da Capoeira em relação às outras artes marciais. Essa é uma característica que não se aprende apenas treinando. 

Mestres

Vicente Ferreira Pastinha
 (1889-1982) - Mestre Pastinha, "mestre da Capoeira de Angola e da cordialidade baiana, ser de alta civilização, homem do povo com toda a sua picardia, é um dos seus ilustres, um de seus obás, de seus chefes. É o primeiro em sua arte; senhor da agilidade e da coragem..." Jorge Amado. Baiano de Salvador, do Pelourinho, Pastinha foi o grande mestre da Capoeira Angola, aperfeiçoando a arte centenária dos escravos. Ele organizou uma escola, estabeleceu um método de ensino com base nas antigas tradições e ainda escreveu o primeiro livro do gênero, onde expõe a sua concepção filosófica. Foi com o Mestre Pastinha que foram instituidas as cores amarelo e preto para o uniforme dos angoleiros e a constituição da bateria composta por três berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um reco-reco e um agogô. "Capoeira é tudo o que a boca come", dizia ele na sua singular filosofia. Formou capoeiristas como João Grande, João Pequeno, Curió e tantos outros.
mcaicara.jpg (4948 bytes)
Antônio Carlos Moraes

Mestre Caiçara

Uma das lendas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção. Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em agosto de 1997. 

João Pereira dos Santos

Mestre João Pequeno
Aluno do Mestre Pastinha e um dos mais antigos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. Pela academia do Mestre João Pequeno, no Centro Histórico de Salvador, passaram alguns dos principais angoleiros da nova geração. É possível vê-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira. Academia de Capoeira Angola de Mestre João Pequeno Centro de Cultura Popular Forte de Santo Antônio - Santo Antônio além do Carmo
 Salvador - Bahia

mjoaog.jpg (7203 bytes)
João Oliveira dos Santos 

Mestre João Grande

Phd Honoris Causa. Um dos principais díscipulos do mestre Pastinha. Por mais de 40 anos o Mestre João Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele viajou para África, Europa e América do Norte, onde ensina atualmente, em sua academia na cidade de New York. De lá ele continua mantendo o intercâmbio com a Bahia e acompanhando a movimentação da Associação Brasileira de Capoeira Angola.
roda.gif (30688 bytes)
Roda de Capoeira

História da Capoeira Origem da palavra capoeira, cultura afro-brasileira, luta, funções sociais, como começou a capoeira, proibição, transformação em esporte nacional, os estilos


Raízes africanas 

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. 

No Brasil 

Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

Três estilos da capoeira 

A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época daescravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Odù - Igbá


– Igbá – Odù

Assim com já descrito, todo iniciado deve passar pelo ide-odù ,para que ele possa iniciar outras pessoas e ter condições de olhar seu Igba’dù sem ficar cego ou perder seu equilíbrio .
O babaláwo irá a uma feira para adquirir os matériais necessários ao preparo de uma mistura na qual ele irá passar em sua orí em defesa de toda energia qual será evocada.
Todos os elementos serão moídos e separados, juntos formam uma mistura que somente os iniciados podem vê-la, ou seja, pessoas que já possuam seu Igbá’dù.
Igbá-Odù significa aquele que possui todos os Ifá, esta divindade esta representada por uma ou várias cabaças, contendo objetos sagrados e de alto custo, seu nome é raramente pronunciado; por se tratar  de espíritos dos babaláwo.
Seus Orùnkó são inúmeros, assim como exemplo abaixo:
Odùlogboje: aquele que é feito de chumbo e não madeira.
Ajerereabojuojo: aquele que seus olhos estão voltados em todas as direções.
Adakinikinikara: juíza suprema distingue o bem e o mau.
Alaburaja: que ama o sangue e dele se alimenta.
Okalekotogowo: aquela que tira o que quer de acordo com sua vontade, ou seja, a ìyàgbá, Igbá – Iwa a cabaça da existência.
Representada por uma grande cabaça que contem quatro menores contendo vários objetos sagrados e de alto custo.
Representa o misterioso oculto, aquilo que jamais pode ser revelado.
Odù w ala n pe l’odù!!!!!!
Odù que não conhecemos salva-nos, símbolo do céu e da terra em união fecunda, detentora suprema de todo conhecimento.
Igba nlá a grande cabaça, simboliza a união do céu e a terra, não sendo permitido em pretexto algum a remoção de sua tampa.
O igbá nlá diferenciada das outras é confeccionada de 1 cabaça grande e 15 menores, onde cada uma receberá um nome específico.
A primeira cabaça menor é chamada de Adesi, de ordem feminina é aquela que vai e volta ( opa ra).
A segunda é Alesesi, de origem masculina;
A terceira é Alaola, origem feminina;
A quarta é Akalè, origem feminina guardião da casa.
A quinta é Bàbá aja, Osó retentor de todo o mau.
A sexta denomina-se Paya, de origem masculina é quem puni as mulheres adulteras;
A sétima é Ìyà agbá, de origem feminina mãe de todos filhos do clã;
A oitava é Akama, de origem feminina é a guardiã das crianças;
A nona é Agaganigogodo, de origem masculina domina o mundo animal;
A décima é Folè, de origem masculina é quem destrói os culpados;
A décima primeira é Olorimerin, de origem feminina é guardiã dos pontos cardeais;
A décima segunda é Elesemafa, de ordem feminina é quem da o destino as crianças;
A décima terceira Adabidalè, de origem masculina retentor do bem e do mau é o guardião dos arredores da casa;
Décimo quarto é Olo, de origem desconhecida o qual nada se sabe;
Décimo quinto é Ofun, de origem masculina comanda o desconhecido para que o sagrado não seja violado.
Igbá – Odù, aquela que é grande e mora nos fundos da casa, onde ninguém transita e cabe exclusivamente aos Bàbálawo cuidar de seus cultos e conservação.
Igbá –nlá, a grande cabaça representa o mundo e tudo que nele habita, sua composição consiste em ;
Granizo que representa o ar, efún que representa a terra e folhas de fogo e tutu para representar a água.
Quem manipula essa energia tem de possuir um profundo conhecimento de cada propriedade, suas finalidades, saber quais representam cada um dos Irùnmolè, os feitos de uma sobre as outras para que essa manipulação não se torne destrutiva e nociva aos seres humanos.
Nosso objetivo é de incentivar aos leitores e amantes do culto aos òrìsà, um motivo para que não se cansem de buscarem e obterem o conhecimento.
Pois assim se sabe que, é só através de conhecimento , respeito e humildade que se faz presente no espírito de ÒRÚNMÌLÀ.......


Ifá a gbe wa o!!!!


Odùdúwa Oríkì


Oríkì Odùdúwa

Odùdúwa ibá
Bàbá mi a dá ìwa
Odúà , a n ìwa gun
Olóotu ife
Jagun Jagun , a fí wò oju ojo
bàbá mi jí lòwúrò kùtùkùtù
O be e , yeri ye
Lòde Ife
Odúà
A jagun gun
O gbo gbaa ibon lójú ogun , kó saa
Odùdúwa o furu bi oyé lóke
O Jagun kó e
Òrìsà eni nwa ire
Alá , a wi be se be
A ro be rí be
Ológun gbege
Odùdúwa gbéra nle ko dide
ki o dide owo
Ki o tún dide olá fún mi o!!!!

Tradução

Oduduwa sadações!!
Meu pai , que cria o comportamento
Odua, que faz as pessoas term boa conduta
O harmonizador da cidade de Ife
O guerreiro que, ao acordar pela manhã anda ativamente por toda cidade de Ife
O benfeitor que não deixa as pessoas passarem fome
O próspero que semeia a prosperidade na vida dos outros
O bom juiz que julga a favor e contra
O senhor do àsé da cidade de Ife
Odua , ovitorioso que guerreia e vence
Ele ouviu o som da espingarda na guerra e não fugiu
Oduduwa  que aparece no ar com uma nuvem
Ele guerreou e trouxe muitos escravos
Òrìsà dos que procuram sorte
Tudo que ele fala acontece. O senhor do àsé
Tudo que ele pensa acontece
Aquele que possuiu magia ativa
Oduduwa , levante da terra
Que você levante com dinheiro e que também com prosperidade para mim.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Oriki Òsògìyòn



Pèlé o!!!
Òní Ebora inú Odó
Jágùn kìí te
Iyè kìí tán Lara eye
Aso kìí tán Lara egúngún
Jágùn òní tán Lara yin o
E wá wo orí Ajágùnòn Ògbòni
Mo juba bàbá mi Òsògìyòn
Ilè ògbá ònòn
Òsògìyòn ki’se mi ibà’se o..
À!!!!

Saudações!!!!
Sr espírito do pilão
Guerreiro ,te saúdo com muito respeito
e vocês vão respeitar
com a mesma certeza que não falta pena ao corpo dos pássaros
assim como nunca vão acabar as roupas de égúngún
Sr Guerreiro, fazemos grande louvor para que seu culto não se acabe;
Venha ver o Orí protegido pelo poder do Guerreiro de Ogboni
Que minha casa e meus caminhos se engrandeçam
que Òsògìyòn me abençoe..
Assim seja...



segunda-feira, 2 de julho de 2012


A NIGÉRIA EM RESUMO
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Nome oficial: República Federal da Nigéria

Data da Independência:
 1 de outubro de 1960.

Superfície:
 923.768 km2.

População:
 140 milhões (estimativas, 2005)

Capital Federal:
 Abuja é a Sede Administrativa de Governo. A capital foi transferida oficialmente de Lagos para Abuja no dia 12 de dezembro de 1991.

Governo:
 Sistema presidencial; opera um regime de três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal;

Número de Estados:
 36 = Território da Capital Federal, Abuja

Número de Municípios:
 774

Idioma oficial: Inglês

Geografia:
 a Nigéria fica localizada na África Ocidental. O país está posicionado entre as Longitudes 3 graus e 14 graus ao Leste do Greenwich e as Latitudes 4 graus e 14 graus ao norte do equador.

Clima: 
O clima tropical com temperatura relativamente alta. Variação sazonal - temperatura diária varia de 22 a 36 graus Centígrado.

Estações:
 Duas estações básicas - Estação da chuva (abril a outubro); e Estação seca (Novembro a março). Estação seca começa com harmartão (vento seco) ou um vento frio seco que dura até fevereiro de cada ano).

Meses mais quentes:
 Fevereiro - março; a temperatura varia de 33 a 38 graus centígrado. Os extremos climáticos da estação chuvosa são sentidos na costa do sudeste onde a chuva anual varia entre 90cm e 330cm; enquanto os extremos da estação seca são sentidos no último trimestre do ano no norte do país.

Fronteiras internacionais:
 Norte - Repúblicas do Níger e Chade; Oeste: - República do Benin; Leste: República de Camarões; e no Sul: o Oceano Atlântico.

Litoral:
 Aproximadamente 800km;

O Povo da Nigéria:
 A Nigéria é um país multiétnico e culturalmente diverso. As três principais etnias são Hauçá, Igbo e Iorubá. Foram identificados mais de 374 idiomas na Nigéria.

Principais idiomas locais:
 Hauçá, Igbo, Iorubá,

Demais idiomas:
 Edo, Tiv, Kanuri, Urhobo, Fulfude, Ibibio, Efik, Itsekiri, Nupe, Jukun e Ijaw. O pidgin English (crioulo inglês) que é um híbrido do inglês e do jargão local também é usado amplamente.
História - A Nigéria tem uma estimativa de mais de 250 grupos étnicos. Quase todas as raças nativas na África são representadas na Nigéria, o que explica conseqüentemente as grandes diversidades do seu povo e da sua cultura. Foi na Nigéria que os povos bantos e semibantos, migrando da África Austral e Central, se cruzaram com os sudaneses. Grupos posteriores, outros como Shuwa-árabes, o Tuaregues, e o Fulanis.

Arte & Cultura:
 As Artes e Cultura da Nigéria são tão variadas quanto os 374 grupos lingüísticos no país. A cultura da Nigéria é rica em tradições orais, filosofia, ritos e rituais; dança, música, moda e artes cênicas. Parte dos aspectos mais visíveis da herança cultural da Nigéria inclui o modo de vestir dos vários grupos lingüísticos que variam de roupas longas trabalhadas a panos amarrados na cintura e camisas vestidas por cima, até panos amarrados na parte inferior do corpo acompanhados na cabeça por lenços de vários tamanhos, formas e cores.
Artes: As obras em bronze; madeira e esculturas em marfim; cerâmica, peças em terracota (da cultura Nok), as obras de ferro e muitas outras podem ser encontradas em galerias populares e museus ao redor do mundo. As demais são obras em prata e couro, tecelagem de tecidos e cabaças trabalhadas e enfeitadas. Descobertas arqueológicas da Cultura Nok indicam que a herança cultural da Nigéria data-se de mais de 2.000 anos.

Guardiões / curadores:
 A Comissão Nacional de Antiguidades; o Museu Nacional; o Centro de Artes e Civilização do Negro (CBAAC) e o Teatro Nacional, em Lagos.

Arte Musical:
 As várias formas da música tradicional florescem na Nigéria junto com as formas modernas tais como Afro-Beat, Juju, High-life e Pop, etc. Muitos músicos usam instrumentos tradicionais enquanto os demais misturam os instrumentos tradicionais com os modernos em uma nova tendência.

Religiões / festivais: Profundamente enraizadas na cultura, as religiões tradicionais têm os rituais ligados a eles. Alguns rituais específicos são tão populares que se metamorfosearam em festivais, alguns se tornaram atrações turísticas. O festival de Oxum de Oshogbo é um exemplo de tais atrações.

Religiões principais:  Islã , religião tradicional Yorùbá e o Cristianismo

 http://www.nigerianembassy-brazil.org/Portugues/NigerResumo/nigeresumo.htm

A história Imperial da Nigéria


IMPÉRIOS

Kanem-Borno: Enquanto não há nenhuma evidência direta que liga o povo do Planalto de Jos com a cultura de Nok, ou ligando o Eze Nri de hoje em dia com o povo Igbo Ukwu, a história de Borno remonta ao Século IX quando os escritores árabes do norte da África constataram pela primeira vez o reino de Kanem ao leste do Lago Chade. Sustentado pelo comércio com a região do Nilo e pelas rotas Trans-saarianas, o império prosperou. Nos séculos que seguiram, foram desenvolvidos complexos sistemas políticos e sociais, em especial, depois da invasão de Bulala no Século XIV. O império mudou de Kanem a Borno, motivo pelo qual é chamado assim. O império subsistiu por 1.000 anos (até o Século XIX) apesar das ofensivas dos povos Hauçá/Fulani no oeste e dos Jukuns no sul.

Hauçá-Fulani: Ao oeste de Borno a cerca de 1.000 A.D., o povo Hauçá iniciavam a formação de estados semelhantes nas cidades de Kano, Zaria, Daura, Katsina, e Gobir. Porém, ao contrário do povo Kanuri, nenhum regente nesses estados chegou a deter de tantos poderes suficientes para se impor sobre os demais. Embora os Hauçás falassem o mesmo idioma, tivessem a mesma cultura, e praticassem a mesma religião islâmica, porém não tiveram um rei em comum. Kano, que era o mais poderoso desses estados, mantinha o seu domínio sobre todos os estados Hauçá nos séculos XVI e XVII, mas os conflitos com os estados circunvizinhos acabaram com esse domínio. Por causa desses conflitos, o povo Fulani, liderado por Usman Dan Fodio em 1804, desafiou com êxito os estados Hauçás e montou o Califato de Hauçá-Fulani com sede em Sokoto, e comandando uma larga área que começava de Katsina ao norte se estendendo até Ilorin, no outro lado do Rio Níger.

Yorubá: Na região do oeste, o povo Yorubá formaram complexas e poderosas cidades soberanas. As primeiras dessas importantes cidades eram Ile-Ife, que de acordo com a mitologia Yorubana era o centro do universo. Ife é o local de um tipo de arte sem igual descoberto nos anos l930. Os artefatos tais como, terracota naturalista, cabeças de bronze e outros que datam do Século X, comprovam a antiguidade da civilização avançada desenvolvidada pelo povo Yorubá. Em seguida, Oyo, fundada por Oranmiyan, filho direto de Oduduwa, o progenitor da raça Yorubá, se tornou o Império mais poderoso do Oeste da África nos Séculos XVI e XVII. O Alafin (espécie de Rei) de Oyo era o Monarca do Império. O exército extremamente poderoso do Império de Oyo liderado pelo Aare Ona Kakanfo [o Generalíssimo] dominou as demais cidades Yorubanas e até impôs o recolhimento de tributo forçado ao Rei de Dahomey [atual República de Benin] e as demais colónias além. A batalhas pelo poder interno e a expansão dos Fulanis para o sul levaram ao colapso do Velho Império de Oyo no início do século XIX. As ruínas da antiga cidade de Oyo, a capital do Velho Império se encontram em um dos parques nacionais da Nigéria para que sejam vistas por turistas, o Parque nacional de Oyo Velho ao Sudoeste da Nigéria.

Benin: Benin se transformou em um reino principal durante o mesmo período que o Império de Oyo estava dominando no oeste. Embora os povos de Benin sejam principalmente Edo, não sendo Iorubás, eles compartilham com Ife e Oyo muitas afinidades históricas, e existe muita evidência de intercâmbio cultural e artístico entre os reinos. O Rei (Oba) de Benin foi considerado meio-deus e estava a frente de uma complexa burocracia, um grande exército, e de uma economia diversificada. O poder de Benin alcançou o seu ápice no Século XVI.

AS CIDADES SOBERANAS DOS IGBO E DELTA: Muitas culturas da Nigéria não se transformaram em monarquias centralizadas. Dessas, os Igbos são provavelmente os mais notáveis devido ao tamanho do seu território e à densidade da sua população. As sociedades Igbo eram organizadas em aldeias auto-suficientes, ou federações de comunidades de aldeias, com uma sociedade de anciões e associações de grupos da mesma faixa etária que desempenhavam várias funções governamentais. A mesma coisa acontecia entre o povo Ijaw (Izon ou Zon) do Delta do Níger e os povos da região de Cross River, onde as sociedades secretas também desempenhavam um papel importante na administração e nas funções de governo. Mas no Século XVIII, o comércio com os territórios ultramarinos começara a incentivar a evolução de sistemas centralizados de governo nessas regiões.

A Nigéria tem a maior população de todos os países na África (aproximadamente 140 milhões), e a maior diversidade cultural, modos de viver, cidades e terrenos. Com uma superfície total de 923.768 km2. (356.668 milhas quadradas.) a Nigéria é o 14º país com maior superfície na África. Seu litoral, no Golfo de Guiné, cobre 774 km (480 milhas.). A Nigéria divide a sua fronteira internacional de 4.470 km (2.513 milhas.) com quatro vizinhos: Chade, Camarões, Benin, e Níger. Até 1989 a Capital da Nigéria era Lagos, que tem uma população de cerca de 2.500.000, mas o governo se mudou para a nova Capital Abuja em 1991

Conhecendo a Nigéria


SUDOESTE DA NIGÉRIA

Abeokuta quer dizer 'debaixo da rocha', expressão derivada da Rocha Olumo, o marco mais famoso da cidade. Abeokuta, a capital do Estado de Ogun, se localiza ao longo do Rio Ogun entre ásperas e rochosas colinas, oferecendo oportunidades de excelentes imagens. Sendo a origem dos tecidos em batiks de cera chamados “adire”, Abeokuta tem um raio intrigante de feiras onde são vendidos uma gama extensiva de produtos exóticos. A Rocha Olumo, sagrada ao povo Egba, está localizada no lado leste do Rio Ogun. Os visitantes deveriam contratar um guia do centro turístico instalado no pé da colina para poder explorar as cavernas que serviam de santuários durante a guerra civil dos Yorubá. No topo da rocha, os visitantes poderiam curtir o tremendo mirante da cidade de Abeokuta e do Rio Ogun.

Benin City é repleta de história. As esculturas em bronze de Benin famosas mundialmente datam do Século XV quando o Oba de Benin reinava sobre o grande e poderoso Reino de Edo, um período quando o trabalho em bronze era uma arte feita para exaltar o rei “Oba”. Em 1897, uma tropa expedicionária britânica realizou um arrastão em Benin e contrabandeou muitos dos bronzes para Londres. Ainda, vários bons exemplos dos artefatos em bronze permanecem nos Museus de Benin e de Lagos. Hoje em dia, as esculturas em bronze ainda continuam esculpidas em várias ruas da cidade, inclusive as ruas de Igun e Oloton. Outra atração em Benin é a Casa do Chief Ogiamen, um principal exemplo de arquitetura tradicional de Benin construída antes de 1897. A casa sobreviveu milagrosamente o "Grande Fogo" que ocorreu na época destruíndo muitas cidades.

Ibadan era até recentemente a maior cidade nativa da África. Localizada ao longo da extremidade de uma densa faixa de floresta arborizada, era chamada Eba-Odan, que significa ‘uma cidade na extremidade da floresta.' Hoje é a capital e o principal centro comercial do Estado de Oyo. Os pontos interessantes incluem a Feira de Dugbe, uma enorme feira tradicional, o Edifício do Parlamento, a Universidade de Ibadan, a primeira universidade da Nigéria, e o Hospital das Clínicas (UCH) e a Cocoa House (Prédio comercial dos cacauecultores). Ibadan também fica perto das cidades históricas de Oyo, Ogbomosho, Ijebu-ode, Ife, Ilesha, e Oshogbo.

IIe-Ife, a cidade antiga de Ile-lfe, em Estado de Osun, é verdadeiramente sem igual. O Yorubás consideram que é o berço da criação e da civilização. A lenda diz que foi em Ife que Odudua, enviado por Olodumare, o deus-criador dos Yorubás, criou a primeira terra sobre as águas que cobriram a terra, assim fundando a Ife . Os seus filhos se espalharam por outras regiões Yorubanas para fundar mais reinos. Ile-lfe se tornou um centro notável das artes, produzindo figuras de terracota e bronze que datam dos Séculos XII a XV, sendo segundo produto mais famoso após o bronze de Benin.

Lagos, a Ilha de Lagos, tem sido habitada desde o Século XV, quando os grupos Yorubá se refugiaram lá contra ataques externos. Era um posto de comércio entre o Reino de Benin e os Portugueses até a chegada dos comerciantes britânicos no Século XIX, pressagiando a colonização do interior. Lagos é dividida em várias partes, cada uma com seu característicos distintivos. O coração da cidade é a Ilha de Lagos (Eko), que hospeda a maioria das sedes comercial e administrativa da Nigéria. É conectada ao plano por três pontes, e se conecta as Ilhas de Ikoyi e Victoria Island por rodovias. Os bairros posteriores são áreas principalmente residenciais com casas palacianas, jardins expansivos e hotéis de cinco estrelas em uma paisagem deslumbrante. Os pontos turísticos na cidade incluem o Museu Nacional, o Teatro Nacional e as milhas de praias bonitas. Finalmente, o Palácio do Oba (Rei) assenta majestosamente em Ilha de Lagos, porções das quais têm mais de 200 anos de vida com uma extensão recentemente construida.

A região de Ondo tem muitos pontos turísticos fascinantes inclusive as Águas Térmicas de Ikogosi, as Colinas de Idanre, a Foz de Ipolo-Iloro, o Lago de Ebomi e o Museu em Owo. Os mais populares são Águas Termicas de Ikogosi e as Colinas de Idanre. As Águas Térmicas de Ikogosi, situadas em uma vale na Cidade de Ikogosi, ao nordeste de Akure, é ideal para acampamento ou piqueniques. As Colinas de Idanre, com topos curiosamente em forma de domos, ficam situadas na cidade de Idanre, sudoeste da cidade de Akure. As colinas têm uma significância sócio-religiosa, depois de ter protegido os habitantes dos invasores durante as guerras entre étnias no passado distante.

A maioria da cultura e da tradição dos povos do sudoeste foi passada de geração para geração até o dia de hoje. As esculturas de Benin e Ife, a arte e o tecido de Oshogbo, a cabaça e o trabalho de couro de Oyo e muitos outros ainda atraem aos turistas.





http://www.nigerianembassy-brazil.org/Portugues/Historia/historias.htm

Ìtòn Òràngún Méjì


Òràngún Méjì, o Signo de Fortuna
A palmeira que é visivelmente torta
Que algumas até enterram suas cabeças na àgua.
E outras enterram suas cabeças na terra da fazenda.
Foi quem divinou Ifá para Òràngún, que vivia na cidade.
Foi quem também divinou Ifá para Òràngún que vivia no campo.
Foi dito a ambos que fizessem sacrifício,
E eles o fizeram.
Depois que eles fizeram sacrifício,
Elas começaram a ter fdiferentes tipos de boas coisas.
Eles disseram, “A palmeira que tão visivelmente torta
Que algumas delas enterram suas cabeças na àgua.
E outras enterram suas cabeças na terra da fazenda.
Foi quem divinou Ifá para Òràngún que vivia na cidade.
Foi quem também divinou Ifá para Òràngún que vivia no campo.
Viajantes para  a cidade de Ìpo.
Viajantes para a cidade de Òfà,
Quando nós vemos Òràngún Méjì,
Nós começamos a ser afortunados.”