segunda-feira, 2 de julho de 2012

A história Imperial da Nigéria


IMPÉRIOS

Kanem-Borno: Enquanto não há nenhuma evidência direta que liga o povo do Planalto de Jos com a cultura de Nok, ou ligando o Eze Nri de hoje em dia com o povo Igbo Ukwu, a história de Borno remonta ao Século IX quando os escritores árabes do norte da África constataram pela primeira vez o reino de Kanem ao leste do Lago Chade. Sustentado pelo comércio com a região do Nilo e pelas rotas Trans-saarianas, o império prosperou. Nos séculos que seguiram, foram desenvolvidos complexos sistemas políticos e sociais, em especial, depois da invasão de Bulala no Século XIV. O império mudou de Kanem a Borno, motivo pelo qual é chamado assim. O império subsistiu por 1.000 anos (até o Século XIX) apesar das ofensivas dos povos Hauçá/Fulani no oeste e dos Jukuns no sul.

Hauçá-Fulani: Ao oeste de Borno a cerca de 1.000 A.D., o povo Hauçá iniciavam a formação de estados semelhantes nas cidades de Kano, Zaria, Daura, Katsina, e Gobir. Porém, ao contrário do povo Kanuri, nenhum regente nesses estados chegou a deter de tantos poderes suficientes para se impor sobre os demais. Embora os Hauçás falassem o mesmo idioma, tivessem a mesma cultura, e praticassem a mesma religião islâmica, porém não tiveram um rei em comum. Kano, que era o mais poderoso desses estados, mantinha o seu domínio sobre todos os estados Hauçá nos séculos XVI e XVII, mas os conflitos com os estados circunvizinhos acabaram com esse domínio. Por causa desses conflitos, o povo Fulani, liderado por Usman Dan Fodio em 1804, desafiou com êxito os estados Hauçás e montou o Califato de Hauçá-Fulani com sede em Sokoto, e comandando uma larga área que começava de Katsina ao norte se estendendo até Ilorin, no outro lado do Rio Níger.

Yorubá: Na região do oeste, o povo Yorubá formaram complexas e poderosas cidades soberanas. As primeiras dessas importantes cidades eram Ile-Ife, que de acordo com a mitologia Yorubana era o centro do universo. Ife é o local de um tipo de arte sem igual descoberto nos anos l930. Os artefatos tais como, terracota naturalista, cabeças de bronze e outros que datam do Século X, comprovam a antiguidade da civilização avançada desenvolvidada pelo povo Yorubá. Em seguida, Oyo, fundada por Oranmiyan, filho direto de Oduduwa, o progenitor da raça Yorubá, se tornou o Império mais poderoso do Oeste da África nos Séculos XVI e XVII. O Alafin (espécie de Rei) de Oyo era o Monarca do Império. O exército extremamente poderoso do Império de Oyo liderado pelo Aare Ona Kakanfo [o Generalíssimo] dominou as demais cidades Yorubanas e até impôs o recolhimento de tributo forçado ao Rei de Dahomey [atual República de Benin] e as demais colónias além. A batalhas pelo poder interno e a expansão dos Fulanis para o sul levaram ao colapso do Velho Império de Oyo no início do século XIX. As ruínas da antiga cidade de Oyo, a capital do Velho Império se encontram em um dos parques nacionais da Nigéria para que sejam vistas por turistas, o Parque nacional de Oyo Velho ao Sudoeste da Nigéria.

Benin: Benin se transformou em um reino principal durante o mesmo período que o Império de Oyo estava dominando no oeste. Embora os povos de Benin sejam principalmente Edo, não sendo Iorubás, eles compartilham com Ife e Oyo muitas afinidades históricas, e existe muita evidência de intercâmbio cultural e artístico entre os reinos. O Rei (Oba) de Benin foi considerado meio-deus e estava a frente de uma complexa burocracia, um grande exército, e de uma economia diversificada. O poder de Benin alcançou o seu ápice no Século XVI.

AS CIDADES SOBERANAS DOS IGBO E DELTA: Muitas culturas da Nigéria não se transformaram em monarquias centralizadas. Dessas, os Igbos são provavelmente os mais notáveis devido ao tamanho do seu território e à densidade da sua população. As sociedades Igbo eram organizadas em aldeias auto-suficientes, ou federações de comunidades de aldeias, com uma sociedade de anciões e associações de grupos da mesma faixa etária que desempenhavam várias funções governamentais. A mesma coisa acontecia entre o povo Ijaw (Izon ou Zon) do Delta do Níger e os povos da região de Cross River, onde as sociedades secretas também desempenhavam um papel importante na administração e nas funções de governo. Mas no Século XVIII, o comércio com os territórios ultramarinos começara a incentivar a evolução de sistemas centralizados de governo nessas regiões.

A Nigéria tem a maior população de todos os países na África (aproximadamente 140 milhões), e a maior diversidade cultural, modos de viver, cidades e terrenos. Com uma superfície total de 923.768 km2. (356.668 milhas quadradas.) a Nigéria é o 14º país com maior superfície na África. Seu litoral, no Golfo de Guiné, cobre 774 km (480 milhas.). A Nigéria divide a sua fronteira internacional de 4.470 km (2.513 milhas.) com quatro vizinhos: Chade, Camarões, Benin, e Níger. Até 1989 a Capital da Nigéria era Lagos, que tem uma população de cerca de 2.500.000, mas o governo se mudou para a nova Capital Abuja em 1991

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